Por Eduardo Vasconcellos

ESG: emissão de cartões de crédito corporativos causa grande impacto ambiental

28/11/2022

3 minutos de Leitura

Eduardo Vasconcellos Diretor financeiro e cofundador da VOLL Todos os anos, milhões de cartões bancários são emitidos no Brasil. Segundo o Banco Central, o país fechou 2020 com 134 milhões de cartões de crédito, 167 milhões de débito e 23,7 milhões de cartões pré-pagos ativos, o que significa um aumento de 12%, 26% e 90%, […]

Eduardo Vasconcellos
Diretor financeiro e cofundador da VOLL

Todos os anos, milhões de cartões bancários são emitidos no Brasil. Segundo o Banco Central, o país fechou 2020 com 134 milhões de cartões de crédito, 167 milhões de débito e 23,7 milhões de cartões pré-pagos ativos, o que significa um aumento de 12%, 26% e 90%, respectivamente, em relação ao ano anterior.

Feitos de plástico, cada cartão bancário descartado na natureza pode levar mais de 300 anos para se decompor, tempo em que libera gases de efeito estufa (GEE) e contamina o solo e as águas.

Dentro do número de cartões emitidos, não estão apenas aqueles feitos para pessoas físicas, mas também os cartões corporativos.

A VOLL, empresa especialista no desenvolvimento de tecnologias para gestão de viagens e mobilidade corporativa, aponta qual é o problema.

Quando olhamos para o setor empresarial, que naturalmente tem rotatividade de colaboradores se compararmos às décadas anteriores, estamos falando de uma enorme emissão de cartões corporativos em curto prazo, gerando ainda mais descarte. O baixo tratamento do lixo no Brasil, com toneladas indo parar em lixões, agrava ainda mais a situação”, expõe Eduardo Vasconcellos, diretor financeiro e cofundador da VOLL, que hoje atende empresas de até 96 mil funcionários.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em relatório publicado em 2021, os plásticos representam 85% dos resíduos que chegam aos oceanos e são a mais prejudicial e persistente fração de lixo nos mares.

Essa poluição plástica deixa um rastro até chegar às algas, impactando todos os ecossistemas do planeta. Os microplásticos absorvidos, inalados ou ingeridos já estão afetando a saúde de animais e seres humanos.

“Os cartões biodegradáveis também não são a melhor solução, porque a ciência já descobriu que eles geram resíduos químicos em sua decomposição. Biodegradáveis ou não, é preciso avaliar o impacto ambiental desse produto em toda a sua cadeia, desde a sua feitura até chegar às mãos do usuário. Cada cartão implica, pelo menos, no uso de uma embalagem de papel e/ou plástico, na emissão de carbono durante o transporte até o proprietário e sabe-se lá quantas notas fiscais físicas sendo geradas após a entrega”, analisa Eduardo.

Até pouco tempo não existia outra alternativa às empresas brasileiras que parecesse tão eficiente a não ser continuar emitindo cartões corporativos para seguir com seus negócios. Mas com a evolução tecnológica dos pagamentos digitais, isso tem mudado rapidamente.

De acordo com um estudo da PwC e da Strategy&, o volume de pagamentos digitais no mundo deve aumentar em mais de 80% até 2025. Por isso, alternativas inovadoras têm sido desenvolvidas, como o recém-lançado VOLL Pay. A nova ferramenta é uma solução de pagamentos digitais que entrega uma gestão completa de despesas corporativas.

O VOLL Pay serve não apenas para mobilidade e viagens corporativas, mas para qualquer gasto que o colaborador tenha fora da empresa para fins de trabalho, como estacionamento, pedágio ou alimentação, por exemplo. Ao mesmo tempo, a solução contribui para a agenda mundial de sustentabilidade.

“A taxa de reciclagem do plástico no Brasil ainda é baixíssima e o preço do material reciclado é mais alto, o que também não contribui para sua implementação no mercado. As pessoas ainda se preocupam mais com o descarte de cartões, pensando que seus dados possam ser roubados, o que faz o objeto geralmente ser descartado incorretamente. Por isso, para impactar menos o meio ambiente, a única solução possível para o futuro é a digital. Por esse meio podemos garantir uma revolução para o mercado corporativo ao diminuir despesas geradas pelo modelo convencional de pagamento e contribuir com as metas de ESG das grandes corporações”, completa Eduardo.

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